SHTF - Você está pronto para deixar alguém para trás em uma situação de crise?

Olá Alfas, como sempre procuro trazer assuntos que fazem vocês como leitores assíduos aqui dos meus textos refletirem um pouco mais além sobre alguns pontos que envolvem a nossa vida cotidiana e os conceitos sobrevivencialistas. No texto desta edição trago um assunto muito polêmico e muito falado nos grupos e canais de sobrevivencialismo que é sobre deixar alguém para trás e um momento de crise, ou seja, em um momento que você tenha que fugir.

Porém, para explanar esse assunto temos que definir alguns pontos cruciais que influenciam diretamente na decisão de ficar, fugir e deixar para trás como:

• Qual tipo de situação seria responsável em fazer você evadir de sua casa?
• Para onde você vai evadir, tem um local já definido?
• No caso de deixar alguém para trás, que tipo de “alguém” estamos falando?
• Ligações afetivas afetariam a sua decisão na hora de tomá-la?

Vejo muito romantismo e despreparo na hora que se fala sobre esse assunto em particular, sem levarem em consideração vários fatores como citados acima que influenciam diretamente na tomada de decisão, e é por isso que vamos analisar cada um desses quatro pontos.

O que faria você fugir?

Analise o seu cenário atual, levando em consideração a sua casa, seu bairro, sua cidade, seu estado e país, e principalmente a sua condição financeira, qual o tipo de ameaça faria você deixar a sua casa? Peço que seja realista na hora de responder a essa pergunta, e nada de fantasiar um cenário de filme apocalíptico reflita no seu real cenário, o que é o mais provável que aconteça que te fará sair em uma evasão.

Este na minha opinião é o ponto principal que todo sobrevivencialista deveria analisar antes mesmo que começar a montar as suas preparações, para o que você deve se preparar, o que ameaça você e sua família.

Visto que moramos em um país que de certo ponto é pacífico, que não se envolve e nem está sob ameaça de uma guerra, o que podemos descartar um possível ataque surpresa de um país vizinho ou distante, porém, temos usinas nucleares em alguns estados do Brasil como é o caso do Rio de Janeiro, e que por mais seguro seja os protocolos de manutenção e de segurança de tais usinas sempre uma possibilidade de um acidente nuclear e esse sim é um real motivo para uma evasão.

Tais possibilidades de crises devem estar nos seus protocolos de preparação como também a possibilidade de ir morar em outro lugar e isso também vale para quem mora em áreas com históricos de deslizamentos e enchentes, assim como em locais com alto grau de violência como comunidades e favelas.

Deixar alguém para trás, que “alguém”?

Levando em consideração que crises, imprevistos e tragédias acontecem sem avisos, e de que algum modo você está envolvido em algum tipo de cenários daqueles que “se ficar morre” e que ao seu redor existe familiares, amigos e parentes totalmentes despreparados, quem vocês levaria e quem você deixaria para trás assinando a sentença de morte de tais pessoas?

É bem cruel pensar desse jeito, mas como você já deve saber (pelo menos assim espero) existem consequências em todas as decisões que tomamos boas ou más.

Por mais que decidimos que nossa família (esposa/marido e filhos) seja a principal prioridade nesses casos, o que fazer quando ao nosso redor existem pessoas as quais você é ligado emocionalmente, como seus irmão, sobrinhos e seus pais idosos?

Você se sentiria confortável em deixar tais pessoas para trás mesmo que isso seja o mais certo a fazer levando em consideração a segurança de sua família? Essa é uma situação fácil de lidar na teoria, no “achismo” e em “textões” feitos em grupos de Whatsapp e Facebook, contudo, a realidade é bem diferente, pelo motivo de sermos ligados afetiva e emocionalmente com as pessoas que nos cercam.

Conscientemente ninguém assinaria a sentença de morte de pessoas que são ligadas de alguma forma a elas. Para algumas pessoas tomar essa decisão seria mais fácil que para outras, no meu caso não me vejo tomando tal decisão, porém evito qualquer possibilidade de me expor em certos tipos de situações como a escolha de onde morar, por exemplo.

Uma das primeiras coisas que considerei em colocar como forma de preparação é como eu reagiria em tais cenários e cheguei a conclusão que não faz parte do meu perfil deixar alguém para trás, e como resolvi isso? Incluindo tais pessoas em minhas preparações. Porém, não teria como incluir todos, fiz uma classificação levando em consideração o grau de ligação afetiva, parentesco e distância, o que trouxe um número aceitável de pessoas incluídas em minhas preparações.

Essa é de longe a decisão perfeita para uma situação onde há a possibilidade de deixar alguém para trás, contudo, é decisão a qual eu consigo lidar, mas compreendo que existem variáveis que podem mudar as regras do jogo e com isso as minhas decisões levando em conta que o que é mais importante para mim é minha família, me obrigando a criação de planos A, B e C, como saída para tais variáveis, porém, não serei um “moleque” em afirmar que deixaria alguém para trás sem avaliar cada possibilidade, e você seria?

Deixo uma pergunta para vocês refletirem, até a próxima!

Antes de terminar existe um fator importante quando o assunto é evasão e que pode fazer toda a diferença em uma situação de crise em que você precisa sair de sua casa, que são as mochilas de evasão, mais conhecidas com "BUG OUT BAG"! Você já ouviu falar sobre elas? E por que elas são importantes na vida de um sobrevivencialista? Vou deixar estes vídeos aqui abaixo que vão explicar tudo sobre a Bug Out Bag e Evasão.