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O que é o Modo Sobrevivência?

modo sobrevivência


Os cenários de sobrevivência são únicos. Embora todos sigam um padrão conhecido, estudado e especulado, não se pode descartar o fato de que diversas situações perigosas encontradas na vida podem agravá-los ou modificá-los.

Isso ocorre por sermos indivíduos únicos, cada um com suas particularidades quanto aos comportamentos físicos, fisiológicos e, principalmente, psicológicos. Dessa forma, cada um reage de uma maneira a uma determinada experiência. Ainda que diversas pessoas passem pela mesma situação, os fatores comportamentais e individuais fazem com que cada experiência de sobrevivência se torne única.

Existem inúmeros casos de sobrevivência nos quais os indivíduos enfrentam seus medos diante de catástrofes. Tais casos poderiam ser utilizados como exemplo e para explicar como funciona a ativação do “modo sobrevivência”, que é um reflexo enviado pelo cérebro ao se deparar com uma situação de perigo. Após a percepção de um alerta, o cérebro interpreta que a vida pode estar em risco e, cada um reage a isso de uma forma diferente, sendo isso o fator determinante para sobreviver.

Mas, o que ativa o “modo sobrevivência”?

O “modo sobrevivência”, pode ser definido através do nosso comportamento diante de um momento crítico, quando estamos em estado de alerta. É como se nossa mente herdasse mecanismos de sobrevivência dos antepassados, que os permitiram enfrentar os mais diversos perigos.

As partes do cérebro responsáveis por ativar o “modo sobrevivência” são o hipocampo, o neocórtex e a amígdala. O hipocampo e o neocórtex têm a função de armazenar a parte cognitiva da ativação. Em outras palavras, eles armazenam todas as situações traumáticas pelas quais passamos ao longo da vida e isso faz com que o estado de alerta seja ativado mediante a uma situação perigosa. Já a amígdala, possui um funcionamento rápido e automático, embora não se saiba exatamente o que ela ativa. Por isso, você pode sentir vários tipos de emoções que provoquem seu “modo sobrevivência” e não saber de onde elas vêm.

De forma resumida, pode-se dizer que o “modo sobrevivência” envolve diversos fatores como memórias, pensamentos, emoções, sensações corporais e comportamentais. Quando ativado pelo cérebro, todas as reações citadas podem ser observadas e controladas. Tudo isso gera uma descarga de adrenalina e de outras químicas, as quais provocam diversas reações que podem ser importante para a sobrevivência, tais como o aumento da pressão arterial, dos batimentos cardíacos, da capacidade de recepção de oxigênio pelos pulmões, da glicose, além da dilatação da pupila.

Usando o “Modo Sobrevivência” a seu favor.

Por mais que o “modo sobrevivência” pareça primitivo e básico, a maioria das pessoas não está preparada para utilizá-lo a seu favor. Esse despreparo ocorre pelo fato de não necessitarmos viver em estado de alerta 24 horas por dia, ao contrário dos nossos antepassados (com exceção das pessoas que moram em áreas de risco, dos profissionais de segurança e outros semelhantes).

Existem diversos relatos de pessoas que conseguiram sobreviver a situações extremamente perigosas apenas com a roupa do corpo, enquanto outras, dotadas de equipamento de sobrevivência e de conhecimento, acabaram morrendo. Essa relatividade ocorre, pois geralmente nosso cérebro não está preparado para situações de sobrevivência, sendo necessário, portanto, programá-lo, para saber como agir em um momento de crise.

Mediante a uma situação de sobrevivência, a descarga de adrenalina recebida pelo corpo desperta no indivíduo sensações como o medo, a raiva e a ansiedade, as quais, quando não controladas, podem resultar em uma crise de pânico (o que pode ser fatal). Por mais que um sobrevivente não admita, pode ter certeza de que ele experimentou ao menos uma dessas três sensações, no entanto, soube utilizá-las a seu favor para sobreviver.

O medo nos mantém em estado de alerta durante o “modo sobrevivência”, mas quando não controlado, pode resultar em pânico, o que diminui as chances de sobreviver. Há uma técnica utilizada pela Força Militar Brasileira denominada “ESAON”. A técnica em questão representa uma sigla, que significa: Estacione, sente-se, alimente-se, oriente-se e navegue. Em outras palavras, ao se deparar com uma situação crítica você deve parar, respirar fundo, acalmar-se, reorganizar seus pensamentos, avaliar a situação e os riscos, planejar os passos seguintes e agir. Assim, será possível controlar seu medo.

Mesmo conhecendo toda a teoria sobre a motivação e controle do “modo sobrevivência” e sabendo que ele influencia nas suas emoções devido a adrenalina liberada, nada se compara a experimentar esse estado de forma consciente.

Identifique o que te leva a ativar o “modo sobrevivência”, mapeie as emoções vividas e tente controlá-las de forma consciente, sem deixar que o pânico tome conta de você. Dessa forma, você sempre estará um passo à frente da situação, o que aumenta suas chances de passar e sobreviver a crise na qual você se encontra.

E não se esqueça: pense mais além!

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